Quando eu era criança, eu lembro que olhava para os adultos e prometi a mim mesma que, quando eu crescesse, eu jamais seria uma adulta chata. Mas se você me perguntasse quem eu me tornei, eu ficaria um pouco suspeita. Será que eu realmente consegui manter a minha essência de criança viva dentro de mim?
Muitas vezes, à medida que crescemos e nos tornamos adultos, acabamos esquecendo ou até mesmo reprimindo a nossa criança interior. Essa parte tão pura, espontânea e vulnerável de nós mesmos fica escondida, enquanto nos esforçamos para nos encaixar nos padrões e expectativas da sociedade.
Mas a verdade é que essa criança interior nunca realmente se foi. Ela continua lá, juntinha de você, esperando ser reconhecida e acolhida. Imagine chegar para a sua criança interior e dizer: "Oi amiguinha, amiguinho... tá tudo bem, tá? Eu estou aqui por você." Imagine acolher essa parte vulnerável e sincera de si mesmo com carinho e compaixão.
Acolher a nossa criança interior é uma jornada de autoconhecimento e autoaceitação. É reconhecer e honrar todas as partes de nós mesmos, mesmo as mais inocentes e frágeis. É uma forma poderosa de cultivar o amor-próprio e a autocompaixão.
Quando nos conectamos com a nossa criança interior, podemos redescobrir a nossa alegria, criatividade e espontaneidade. Podemos nos libertar dos padrões rígidos e das expectativas externas, e nos permitir ser quem realmente somos. É uma oportunidade de nos reconciliarmos com essa parte essencial de nós mesmos, que muitas vezes negligenciamos ou escondemos.
Então, não há como perder a sua criança interior, pois ela sempre esteve aí, juntinha de você. E sempre há tempo para acolhê-la e deixá-la saber que você está aqui por ela.